9 de dezembro de 2008

Existirá um paradoxo acerca da evolução?

A coleção "Pensamento Científico" da Editora Universidade de Brasília tem publicado interessantes obras, que no fundo têm a ver sempre com a controvérsia entre as estruturas conceituais evolucionista e criacionista. Uma delas, já em segunda edição, é "As Origens da Vida: Moléculas e Seleção Natural", de autoria de Leslie E. Orgel.

Num dos capítulos desse livro, que se ocupa de maneira mais específica da Seleção Natural, o autor tece considerações que se incluem no título desta Notícia.

É interessante verificar que, apesar de defender a Seleção Natural como mecanismo da Evolução (como não poderia deixar de ser, em virtude de sua posição filosófica a respeito da questão das origens, a qual transparece em todo o seu livro), o autor é suficientemente honesto para reconhecer que muitos filósofos afirmam existir um paradoxo na Teoria da Evolução (página 154 da segunda edição).

E numerosos outros questionamentos poderiam ser trazidos à baila, exigindo talvez mais espaço do que o circunlóquio evolucionista!

Enfim, a conclusão é que de fato existe um paradoxo na Teoria da Evolução, que somente será superado com a mudança da estrutura conceitual sobre a qual ela se apoia.

A respeito da Notícia acima, em contraposição à obra de Leslie E. Orgel que foi analisada com relação à questão da finalidade ou do desígnio, valeria a pena ler o livro de autoria de Michael Behe, intitulado "A Caixa Preta de Darwin – O Desafio da Bioquímica à Teoria da Evolução", publicado pela Jorge Zahar Editora, onde este biologista evolucionista levanta numerosos questionamentos aos parâmetros básicos da Teoria da Evolução.

MAIS LUZ SOBRE UM MISTÉRIO DE 123 ANOS

A Folha Criacionista número 2, de julho de 1972, apresentou um artigo de autoria de Wilbert H. Rusch, intitulado "A Ontogenia recapitula a Filogenia", tratando da famosa "Lei Biogenética" de Ernst Haeckel, formulada por aquele biólogo alemão em defesa do Darwinismo, e incorporada pelos darwinistas à estrutura conceitual evolucionista, como um dos "fortes" argumentos apresentados a favor da Evolução.

Naquele artigo eram feitas críticas à honestidade duvidosa de Haeckel ao apresentar desenhos de embriões, de forma tendenciosa, para dar a impressão de que o embrião dos animais "superiores" passaria por estágios de embriões de animais "inferiores" durante o seu desenvolvimento, o que era interpretado como uma das "provas científicas" irrefutáveis da Teoria da Evolução.

É com satisfação que voltamos ao assunto neste número da Folha Criacionista, decorridos já 26 anos, durante os quais pudemos verificar nos livros didáticos, em geral, editados em nosso país, a "perpetuação" desse mito da "Recapitulação", como mais abreviadamente tem sido denominada a chamada "Lei Biogenética" de Haeckel.

De fato, as revistas New Scientist e Nature, respectivamente em seus números de 6 de setembro e 5 de setembro de 1997, trouxeram à luz interessantes notícias divulgando amplamente a fraude cometida por Haeckel.

Não deixa de ser impressionante o poder que uma inverdade tem, quando utilizada para defender uma posição indefensável, assumida em função de uma opinião preconcebida, e não de evidências e fatos verdadeiramente científicos!

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