10 de dezembro de 2008

A relação Israel e Igreja na visão dispensacionalista e nos escritos de Ellen White

Sávio Lúcio dos Santos

Uma das teorias mais divulgadas entre os cristãos evangélicos é a doutrina do dispensacionalismo. Esse novo modo de interpretação bíblica, especialmente de profecias, vem ganhando rápida popularidade.
Em nosso estudo, iremos analisar o dispensacionalismo, não com o objetivo de refutar a teoria, ou discorrer em todos os seus pormenores, mais sim, apresentar como o dispensacionalismo vê a relação Israel e Igreja na profecia. Analisaremos também os escritos de Ellen G. White e como a escritora trata esse assunto.

No primeiro capítulo veremos, de uma forma sintetizada, o que é o dispensacionalismo, e o que o dispensacionalismo considera como sua essência.

No segundo capítulo, tendo como base a Bíblia e os escritos de Ellen G. White, veremos o porque de Deus ter escolhido a nação de Israel. Veremos ainda nesse mesmo capítulo, algo sobre as promessas condicionais de Deus para a nação de Israel e o estabelecimento da Sua igreja na Terra.

No terceiro e último capítulo veremos o que o Espírito de Profecia diz a respeito do presente papel da igreja em relação ao povo judeu.

Todos os textos bíblicos usados nesta pesquisa foram extraídos da Bíblia Nova Versão Internacional.
O dispensacionalismo.


Definição.



O dispensacionalismo é um sistema de interpretação profética futurista (1)esboçado no 2o século, utilizado na contra-reforma católica no século 16, reformulado no século 19 pelos Irmãos Plymouth e popularizado pela Bíblia de Referência de Scofield na década de 1920, o qual faz uma forte separação entre a Igreja e Israel, dizendo que a Igreja será arrebatada e Israel continuará na Terra sofrendo a ira de um anticristo político e desempenhando um papel fundamental na conversão do mundo. (2)
Origem.



O movimento chamado de dispensacionalismo surgiu em meados do século passado na Inglaterra, através do grupo que levou o nome de Irmãos ou Irmãos de Plymouth, por ter nesta cidade seu quartel general. Seu principal expoente foi John Nelson Darby (1800-1882), um irlandês que, insatisfeito com a Igreja Anglicana, da qual era ministro, juntou-se ao grupo dos Irmãos em 1827. Por volta de 1830 Darby já era o principal líder dos Irmãos, dada a sua capacidade de organização e a sua proficiência em escrever. A característica principal desse grupo foi a ênfase que deu às reuniões semanais de estudo bíblico e

celebração da Ceia do Senhor, associada a um desprezo por qualquer tipo de organização denominacional ou forma de culto. Os Irmãos rejeitavam qualquer sistema clerical ou de classe ministerial, insistindo que estavam regressando à forma simples de culto e governo eclesiástico dos apóstolos. (3)

Outro fator que muito contribuiu para a difusão do pensamento dispensacionalista foi a publicação da Bíblia de Referência de Scofield, em 1909, a qual já vendeu mais de dois milhões de cópias desde então. A Bíblia de Scofield ou, mais corretamente, a Bíblia de Referência de Scofield, é na verdade uma edição da Versão King James, com anotações feitas por C. I. Scofield (1843-1921), na linha de interpretação dispensacionalista. (4)
Em 1948, com a criação do Estado de Israel e o retorno dos judeus à Palestina, os adeptos do "dispensacionalismo" se agitaram. (5)

Pois para os dispensacionalistas, o estabelecimento do Estado de Israel faz parte de cumprimento literal de profecias do Antigo Testamento e sinaliza o breve regresso de Jesus.

Podemos citar alguns nomes importantes na divulgação e proclamação do dispensacionalismo, J. N. Darby (6), C. I. Scofield (7), Leon J. Wood (8) e Hal Lindsey (9), entre outros (10).
Essência.



Entre as muitas teorias e características do dispensacionalismo, podemos afirmar que o aspecto principal é a explícita distinção que seus proclamadores fazem entre a nação de Israel e a Igreja, no contexto bíblico, especialmente no Novo Testamento. Inclusive Charles Ryrie chegou a afirmar que “a essência do dispensacionalismo, ...é a distinção entre Israel e a Igreja.” (11)

Os dispensacionalistas afirmam que a igreja não tem nenhuma relação com a nação de Israel na profecia. (12) E que o fato de Israel ainda ser referida como nação depois do estabelecimento da igreja, e de que o termo judeu continue a ser usado no Novo Testamento em referência a um grupo de que não a igreja, mostra que os gentios não suplantaram Israel no plano de alianças de Deus. Eles afirmam que o Israel natural e a igreja são contrapostos no Novo Testamento. (13)

A maior necessidade dos dispensacionalistas fazerem distinção entre o Israel e a igreja consiste no fato que, para eles, as promessas de Deus para Abraão e sua descendência são tidas como incondicionais, então esta distinção entre Israel e a igreja é a melhor forma de possibilitar o cumprimento literal de profecias, que ainda não tiveram pleno cumprimento na nação, se cumprirem em um futuro. (14)

Jonh F. Walvoord por exemplo, pesquisador em profecias, chega a apresentar dez motivos para crer que a aliança de Deus para com Abraão está baseada na incondicionalidade. (15)

A igreja, na visão dispensacionalista, é apenas uma manifestação temporária, ou seja, uma vez que a nação de Israel rejeitou o Messias e a oferta do reino, Deus interrompe o plano com a nação e usa o plano do mistério com a igreja, este plano será concluído, segundo eles, antes que Deus retome Seu trato com a nação de Israel. (16)

Os dispensacionalistas, devem considerar que, além das profecias serem condicionais, elas são baseadas na aceitação do Messias, e isto influencia todo o processo interpretativo de profecias.

Portanto, quando Cristo estabeleceu a igreja, Ele não estabeleceu ao lado de Israel segundo assevera o dispensacionalismo, mas como o fiel remanescente de Israel que herda todas as promessas do concerto, incluindo a promessa da Nova Terra (17). A Igreja ocupa agora o lugar do Israel descrente “os ramos cortados”, sendo portanto dotada com todas as bênçãos e responsabilidades do concerto de Israel. (18)

Ao Jesus ordenar oficialmente os 12 discípulos como Seus apóstolos (Marcos 3: 14, 15 NVI), Cristo constituiu um novo Israel, o remanescente messiânico israelita, e o nomeou como Sua igreja (Mateus 16: 18 NVI). Assim Cristo fundou a Igreja como um novo organismo (19) com sua própria estrutura e autoridade, contemplando-a com “as chaves do reino dos Céus.” (Mateus 16: 19 NVI)

Israel e a Igreja, no Espírito de Profecia.

O Chamado para a Nação.





Nos escritos de Ellen G. White encontramos, de uma forma interessante, alguns textos que poderão nos ajudar a desenvolver uma visão bíblica a respeito do chamado de Deus para a nação de Israel, sua função, como também, o estabelecimento de Sua igreja na terra.

Desde já podemos afirmar que a nação de Israel, não foi escolhida por Deus por ter uma virtude moral ou espiritual, mas exclusivamente pelas promessas de Deus, baseadas na graça, feitas aos patriarcas Abraão, Isaque, e Jacó (Deuteronômio 7: 7-9 e Êxodo 2: 24, 25 NVI). Havia um propósito universal no chamado de Deus para a nação de Israel (Gênesis 12:2-3; 22:17-18; 26:4; Isaías 2:2-5 e Jeremias 7:23 NVI).

Ellen White, em relação ao chamado de Deus para a nação de Israel, afirma:

De uma raça de escravos os israelitas haviam sido exaltados acima de todos os povos, para serem o tesouro peculiar do Rei dos reis. Deus os separara do mundo a fim de que lhes pudesse confiar um sagrado depósito. Deles fizera os guardas de Sua lei, e propunha-se, por meio deles, conservar entre os homens o Seu conhecimento. Assim a luz do Céu resplandeceria a um mundo rodeado de trevas, e ouvir-se-ia uma voz apelando para todos os povos para voltarem de sua idolatria a fim de servirem ao Deus vivo. Se os israelitas fossem fiéis ao seu encargo, tornar-se-iam um poder no mundo. Deus seria sua defesa, e Ele os elevaria acima de todas as nações. Sua luz e verdade seriam reveladas por meio deles, e achar-se-iam sob o Seu governo sábio e santo, como um exemplo da superioridade de Seu culto sobre toda a forma de idolatria. (20)

O chamado de Deus para a nação de Israel tinha finalidade universal, ou seja, foram chamados para conservar a vontade de Deus no mundo e resgatar do erro outras nações.

Podemos afirmar ainda que o propósito do chamado de Deus para a nação de Israel era missiológico, eles foram chamados para salvar as outras nações do pecado e da idolatria. Ellen G. White diz:

Deus chamou Israel, e o abençoou e exaltou, não para que pela obediência à Sua lei recebessem eles, unicamente, o Seu favor, e se tornassem os exclusivos recipientes de Suas bênçãos, mas a fim de revelar-Se por meio deles a todos os habitantes de Terra. Foi para a realização deste mesmo propósito que Ele os mandou conservar-se distintos das nações idólatras em redor deles. (21)

Deus escolheu a Israel para revelar Seu caráter aos homens. Ele queria que eles fossem fontes de salvação no mundo. E a eles foram entregues os oráculos do Céu, e revelação da vontade de Deus. (22) Deus tinha um propósito de abençoar toda a espécie humana através da nação de Israel. (23)Não era do propósito de Deus que eles se tornassem um povo isolado. Na medida em que o número deles crescessem, deviam eles ampliar suas fronteiras, até que o seu reino envolvesse o mundo. (24)
As Promessas Condicionais.



Deus havia se comprometido a fazer da nação de Israel um poder no mundo, mas este compromisso era condicional, ou seja, a nação teria que ser fiel ao Seu chamado. Só que os judeus olhavam à sua descendência com Abraão como lhes dando direito às promessas e bênção de Deus (25), de forma incondicional. Mas não era assim.

Ellen afirma:

A este povo foram, confiados os oráculos de Deus. Estavam protegidos pelos preceitos da lei, os eternos princípios da verdade, justiça e pureza. A obediência a esses princípios devia ser a sua proteção, pois os livraria de se destruírem a si mesmos por práticas pecaminosas. E, como torre na vinha Deus colocou no meio da terra Seu santo templo. (26)

Em outra parte ela sintetiza esta realidade da seguinte forma:

“As promessas de Deus estavam condicionadas à obediência da nação.” (27)

Veja outro texto interessante:

Houvessem os filhos de Israel sido leais ao Senhor, e Ele teria podido cumprir Seu desígnio, honrando-os e exaltando-os. Houvessem andado nos caminhos da obediência, tê-los-ia exaltado “entre as nações que criou, para louvor e honra, e glória Sua. (28)

Alguns pesquisadores na área de escatologia, admitem as profecias condicionais:

Oswald T. Allis afirma que “... pode haver uma condição numa ordem ou promessa sem ser especificamente declarada. Exemplo disto é a carreira de Jonas”. (29)

Thomas Hartwell Horne, outro pesquisador em profecias, declara que: “As previsões que denunciam julgamentos por vir não falam, em si mesmas, da futuridade absoluta do acontecimento, mas apenas declaram o que deve ser esperado quanto às pessoas às quais se referem, e declaram também o que certamente se dará a não ser que Deus, na Sua misericórdia, intervenha entre a ameaça e o acontecimento.” (30)

R. B. Girdlestone apesar de afirmar que algumas declarações de Deus serem absolutas, ele não nega as condicionais. Ele afirma: “Dentre os pontos relacionados à natureza e ao cumprimento das profecias, poucos exigem mais atenção do que este – que algumas previsões são condicionais e outras são absolutas.” (31)

Naor Conrado, outro pesquisador, declara:

As profecias que representam ou envolvem promessas ou ameaças são condicionais, dependentes das ações humanas. A condicionalidade às vezes é exposta ( Êxodo 19: 5 e 6); às vezes não (Jonas 3:4). Em tais profecias podemos encontrar uma série de cumprimentos substituída por outra, de acordo com a atitude para com as condições, sem de maneira alguma enfraquecer a certeza da profecia. (Jeremias 18: 7-10) (32)

Alberto Ronald Timm diz algo interessante sobre as profecias condicionais:

As profecias condicionais são aquelas profecias dos profetas hebreus, especialmente, nas quais o elemento humano está diretamente envolvido num relacionamento do concerto. Este relacionamento de concerto envolve pelo menos duas partes – de um lado aparece a parte divina, e do outro, a parte humana. Para que tais profecias se cumpram, é necessário que ambas as partes cumpram a expectativa do concerto; se uma parte falhar, a profecia não encontra o seu pleno cumprimento previsto. (33)

Herbert E. Douglass, pastor adventista, define as profecias condicionais da seguinte forma:

A profecia condicional, ou incerteza controlada, é um princípio bíblico aplicado a declaração de natureza preditiva que dizem respeito as reações dos seres humanos. Sempre que o desenrolar de um acontecimento depende da escolha humana, determinados aspectos do cumprimento profético são necessariamente condicionais. (34)

A interpretação em relação às promessas de Deus para Israel serem condicionais tem fundamentação bíblica. Se nos apegarmos ao texto bíblico encontraremos isto de forma bem clara. Por exemplo:

Prestem atenção! Hoje estou pondo diante de vocês a bênção e a maldição. Vocês terão bênção, se obedecerem aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, que hoje lhes estou dando; mas terão maldição, se desobedecerem aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, e se afastarem do caminho que hoje lhes ordeno, para seguir deuses desconhecidos (Deuteronômio 11: 16-28 NVI).

Outro exemplo nós encontramos nas bênçãos e nas maldições de Deus destinadas à nação de Israel:

Se vocês obedecerem fielmente ao Senhor, o seu Deus, e seguirem cuidadosamente todos os seus mandamentos que hoje lhes dou, o Senhor, o seu Deus, os colocará muito acima de todas as nações da terra. Todas estas bênçãos virão sobre vocês e os acompanharão, se vocês obedecerem ao Senhor, o seu Deus (Deuteronômio 28: 1-2 Deuteronômio 28: 1-2 NVI).

Vemos na repreensão do profeta de Deus ao sumo sacerdote Eli, mais um exemplo de que certas profecias, certas promessas, e certas ameaças de Deus são condicionais:

“Prometi à sua família e à linhagem de seu pai, que ministrariam diante de mim para sempre”. Mas agora o Senhor declara: “Longe de mim tal coisa! Honrarei aqueles que me honram, mas aqueles que me desprezam serão tratados com desprezo...” (I Samuel 2:30 NVI)

No livro de Jeremias vemos outro texto interessante:

Se em algum momento eu decretar que uma nação ou um reino seja arrancado, despedaçado e arruinado, e se essa nação que eu advertir converter-se da sua perversidade, então eu me arrependerei e não trarei sobre ela a desgraça que eu tinha planejado. E, se noutra ocasião eu decretar que uma nação ou um reino seja edificado e plantado, e se ele fizer o que ei reprovo e não me obedecer, então me arrependerei do bem que eu pretendia fazer em favor dele (Jeremias 18: 7-10 NVI).

Ellen G. White reconhece este princípio de interpretação profética, se referindo à causa da demora da segunda volta de Cristo ela diz:

Verdade é que o tempo se tem prolongado além do que esperávamos nos primitivos dias desta mensagem. Nosso Salvador não apareceu tão breve como esperávamos. Falhou, porém, a Palavra de Deus? Absolutamente! Cumpre lembrar que as promessas e as ameaças de Deus são igualmente condicionais. (35)

É com base bíblica que ela afirma que “a obediência era a condição única sob a qual o Israel antigo devia receber o cumprimento das profecias que os tornaram o povo altamente favorecido por Deus; e a obediência a essa lei trará hoje, a indivíduos e a nações, tão grandes bênçãos como teria proporcionado aos hebreus.” (36)

Como podemos ver as profecias e as promessas de Deus para Israel foram feitas nestas circunstâncias. Israel teria que cumprir a sua parte como nação.

O Ultimato Para a Nação.


Ellen G. White também fez claras afirmações a respeito da situação espiritual de Israel e o seu ultimato como nação, ela diz por exemplo:

Todavia vi que Deus tinha maravilhosamente preservado este povo e espalhado-o sobre o mundo, a fim de que pudessem ser olhados como um povo especialmente visitado pela maldição de Deus. Vi que Deus havia abandonado os judeus como nação; mas os indivíduos entre eles seriam contudo convertidos e habilitados a rasgar o véu dos seus corações e ver a profecia com relação a eles tinha-se cumprido; eles receberão a Jesus como Salvador do mundo e verão o grande pecado de sua nação em O haver rejeitado e crucificado. (37)

Sobre o tempo limite da nação de Israel ela comenta:

Quando Cristo estivesse suspenso na cruz do Calvário, teria terminado o tempo de Israel como nação favorecida e abençoada por Deus. A perda de uma alma que seja é calamidade infinitamente maior que os proveitosos tesouros de todo um mundo; entretanto, quando Cristo olhava sobre Jerusalém, achava-se perante Ele a condenação de uma cidade inteira, de toda uma nação – sim, aquela cidade e nação que foram as escolhidas de Deus, Seu tesouro peculiar. (38)

Mas não só foi a perda dos privilégios da nação, que veio como decorrência da morte de Cristo, algo mais aconteceu, a separação que existia entre o povo judeu e os gentios foi derribada:

Quando Jesus suspenso na cruz exclamou: “Está consumado”, o véu do templo rasgou-se em dois de alto a baixo, significando com isto que Deus não mais Se encontraria com os sacerdotes no templo para aceitar seus sacrifícios e ordenanças, e também para mostrar que o muro de separação entre os judeus e os gentios estava derribado. Jesus fizera oferta de Si mesmo para ambos, e se vieram a ser salvos, ambos precisaram crer nEle como a única oferta pelo pecado, o Salvador do mundo. (39)

Sobre o tempo limite, Ellen G. White diz com mais detalhes, ela mostra como Deus tratou pacientemente com os erros da nação:

Por mais de um milênio abusara a nação judaica da misericórdia de Deus e atraíra Seus juízos. Rejeitaram-Lhes as advertências e mataram-Lhe os profetas. Por esses pecados tornou-se responsável o povo do tempo de Cristo, seguindo o mesmo caminho. Na rejeição de suas presentes misericórdias e advertências, residia a culpa daquela geração. Com as cadeias que a nação estivera por séculos a forjar, o povo do tempo de Cristo ligava-se a si mesmo.

Em todos os séculos se concede aos homens seu período de luz e privilégios, um tempo de prova, em que se podem reconciliar com Deus. Há, porém, um limite a essa graça. A misericórdia pode interceder por anos e ser negligenciada e rejeitada; vem, porém, o tempo em que essa misericórdia faz sua derradeira súplica. O coração torna-se tão endurecido que cessa de atender ao Espírito Santo de Deus. Então a suave, atraente voz não mais suplica ao pecador, e cessam as reprovações e advertências. (40)

Israel não cumpriu a sua missão como povo, como também, não aproveitou as oportunidades dadas por Deus para a sua restauração. Na verdade Deus havia estabelecido um tempo para que Israel voltar-se para Ele, a Bíblia descreve um período de setenta semanas destinadas à restauração espiritual de Israel (Daniel 9: 24-27 NVI). As setentas semanas (41), ou os 490 anos, especialmente conferidos aos judeus, terminaram, no ano 34. Naquele tempo, pelo ato do sinédrio judaico, a nação selou sua recusa do evangelho, pelo martírio de Estêvão e perseguição aos seguidores de Cristo. Assim, a mensagem da salvação, não mais restrita ao povo escolhido, foi dada ao mundo. (42)

É neste contexto que Ellen G. White afirma que “a presença de Deus se retirou, por fim, da nação judaica”. (43)
Transferência de Encargos.



Como acabamos de ver, mesmo Deus escolhendo, abençoando e exaltando a nação de Israel, ela não quis, como nação, cumprir a missão proposta por Ele. (44)

Perderam de vista os seus altos privilégios como representante de Deus, esqueceram do próprio Deus e deixaram consequentemente de cumprir Sua missão. As bênçãos por eles recebidas não produziram bênçãos para o mundo. (45)

Em relação à eleição de Israel como povo de Deus, Ellen G. White comenta que, houvesse eles preservado a aliança, Jerusalém teria permanecido para sempre como eleita de Deus. Mas o seu histórico de apostasias e rebelião era grande, eles resistiram à graça de Deus e abusaram de seus privilégios, menosprezando as oportunidades. (46)

Podemos salientar dois fatores principais de Israel não ter cumprido o propósito de Deus na terra: o primeiro, podemos afirmar que foi o fator missiológico, o segundo fator, o cristológico.

Israel tinha o dever de abençoar o mundo com as verdades que Deus lhes havia revelado, não cumpriram. Esse é o fator missiológico. (47)

E em relação aos líderes da nação Ellen White afirma:

Os guias da nação judaica tinham assinaladamente deixado de cumprir o propósito de Deus para Seu povo escolhido. Aqueles a quem o Senhor tinha feito depositários da verdade provaram-se infiéis a seu legado, e Deus escolheu outros a fazerem Sua obra. (48)

Nesta declaração encontramos algo interessante, Deus não dependia dos líderes da nação para fazer a Sua obra missiológica na terra. Ele não se limitava a um grupo de pessoas, Ele poderia escolher outro grupo para realizar este Seu propósito.

Foi o que aconteceu. Os judeus se esquivaram do trabalho, Deus, na Pessoa de Cristo, transferiu a missão do Israel étnico, para a igreja. Sobre isso Ellen G. White declara:

O reino de Cristo tinha de ser estabelecido no mundo. A salvação de Deus tinha que se tornar conhecida nas cidades do deserto; e os discípulos foram chamados para fazer a obra que os líderes judaicos deixaram de fazer. (49)

É ai que começamos a perceber a obra da igreja no lugar da nação de Israel.

Ellen G. White fazendo uma aplicação sobre a parábola da vinha diz:

Aquilo que Deus propôs realizar em favor do mundo por intermédio de Israel, a nação escolhida, Ele executará afinal por meio de Sua igreja na Terra hoje. Ele arrendou Sua vinha “a outros lavradores”, isto é, ao Seu povo que guarda o concerto, e que fielmente dá “os seus frutos”. Jamais esteve o Senhor sem verdadeiros representantes na Terra e que fazem do interesse de Deus o seu próprio interesse. Essas testemunhas do Senhor são contadas entre o Israel espiritual, e em relação a eles se cumprirão todas as promessas do concerto feitas por Jeová a Seu antigo povo. (50)

Vemos que as promessas destinadas à nação de Israel não deixaram de serem cumpridas, as promessas eram condicionais para a nação étnica, mas elas se cumprem no “Israel espiritual”, ou seja, na igreja.

Em outra parte vemos mais luz sobre esse assunto:

...seja onde for que eles tenham sido fracos, a ponto mesmo de cair, o Israel de Deus hoje, os representantes do Céu que constituem a verdadeira igreja de Cristo, devem ser fortes, pois para eles é o encargo de concluir a obra confiada ao homem, e de anunciar o dia do ajuste final. (51)

Então, hoje a igreja é o instrumento usado por Deus para a disseminação da Sua vontade:

Foi na ordenação dos doze que se deram os primeiros passos na organização da igreja, que depois da partida de Cristo devia levar avante Sua obra na Terra. ... Como no Velho Testamento os doze patriarcas ocuparam o lugar de representantes de Israel, assim os doze apóstolos representam a igreja evangélica. (52)

Como falamos, o outro motivo, e que podemos taxar como o mais importante, foi o fato da nação de Israel ter rejeitado o Messias, o fator cristológico. Todas as promessas e bênçãos destinadas à nação de Israel eram baseadas na aceitação do Messias.

O apóstolo Paulo em sua carta aos gálatas diz claramente:

Assim também as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. A Escritura não diz: “E aos seus descendentes”, como se falando de muitos, mas: “Mas ao descendente”, dando a entender que se trata de um só, isto é, Cristo. (Gálatas 3:16 NVI)

Ele diz mais: E, se vocês são de Cristo, são da descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa. (Gálatas 3: 29 NVI)

Quer dizer, as promessas eram destinadas ao Israel fiel em Cristo.

Ellen G. White comentando sobre o grande pecado do povo judeu afirma:

“O grande pecado dos judeus foi rejeitarem a Cristo.” (53)

Ela diz mais: Cristo teria evitado a condenação da nação judaica se o povo O tivesse recebido. (54)

O pesquisador em profecias Hans K. LaRondelle afirma algo interessante:

Somente em Cristo a nação de Israel poderia, como nação, ter permanecido como o verdadeiro povo do concerto divino. Rejeitando a Cristo como o Rei apontado, a nação judaica falhou no teste decisivo do cumprimento dos propósitos de Deus para os gentios. (55)

Em outro tratado LaRondelle diz:

As bênçãos do concerto, como um todo, são prometidas, portanto, somente ao Israel que crê em Cristo, dentro do Israel étnico. (56)

A questão é que em vez do Israel étnico se apoiarem no Messias, eles confiava em sua descendência étnica, não espiritual, com Abraão.

Os fariseus haviam declarados serem filhos de Abraão. Jesus lhes disse que esta pretensão só podia ser assegurada mediante a prática das obras de Abraão. ...Não tinha nenhum valor a simples descendência natural de Abraão. Sem ter com ele ligação espiritual, a qual se manifestaria em possuir o mesmo espírito, e fazer as mesmas obras, não eram seus filhos. (57)

A nação de Israel havia rejeitado o Messias, rejeitando o Messias, automaticamente perderam a posse das promessas.

Deus não dependia da nação israelita para o cumprimento de Seus propósitos em relação ao mundo. Seu plano não poderia ser postergado pela rejeição de Israel ao Messias.



O dia de Pentecostes provou que Deus mantinha-Se fiel ao plano. A igreja de Cristo não tem outra esperança, nem outro destino, nem outra herança além daquela que Deus prometeu a Abraão e a Israel – novos Céus e nova Terra (Isaías. 65:17). (58)

É neste contexto que, uma vez o Israel não cumprindo o propósito de Deus como nação, e rejeitando o messias, Deus então transfere para a igreja, não só as responsabilidades daquela nação em pregar o evangelho, mas transfere também as promessas e as bênçãos destinadas àquele povo, porque a igreja é o “Israel espiritual”.

A Igreja Hoje.


Devido à incredulidade e à rejeição do propósito de Deus para eles, Israel como nação perdeu sua ligação com Deus. Mas os ramos que haviam sido cortados do tronco, Deus podia ligar ao verdadeiro tronco de Israel – o remanescente que havia permanecido fiel ao Deus de seus pais. (59)Não obstante haver Israel falhado como nação, havia entre eles um remanescente em condições de serem salvos. (60)

Jesus então renova Seu concerto com Israel através de um remanescente em uma “aliança superior” (Hebreus 7:22 NVI), introduzindo uma “esperança superior” (Hebreus 7:19 NVI), para todos os crentes cristãos israelitas e gentios (Hebreus 8 NVI).

Em relação a condição da igreja hoje, Ellen G. White afirma:

A igreja é a depositária das riquezas da graça da Cristo; e pela igreja será a seu tempo manifesta, mesmo aos “principados e potestades nos Céus”, (Efésios. 3:10) a final e ampla demonstração do amor de Deus. (61)

A igreja hoje, diz Ellen G. White, é o único objeto sobre que Deus concede em sentido especial atenção. (62) É o cenário de Sua graça, na qual Se deleita em revelar Seu poder de transformar corações (63), é a depositária das riquezas de Sua misericórdia, amor e graça. (64)

Ela diz mais:

Considerai, meus irmãos e irmãs, que o Senhor tem um povo, um povo escolhido – a Sua Igreja – para ser Sua propriedade. Sua própria fortaleza, que Ele também num mundo contaminado pelo pecado, e rebelde... (65)

Em certo sentido, as promessas feitas a Abraão eram incondicionais, ou seja, Deus não dependia da nação étnica para o cumprimento de Seus propósitos em relação ao mundo. Mas também Seu plano não poderia ser postergado pela rejeição e rebeldia do povo. Ele transferiu Seus planos para a Igreja, o remanescente de Israel, o Israel espiritual.

Portanto, a Igreja hoje está direcionada para o cumprimento do propósito divino da eleição de Israel: ser uma luz salvadora para os gentios. Na tipologia bíblica, não é Cristo apenas que é o antítipo, mas Cristo e Seu povo, unidos no propósito salvífico de Deus para o mundo. (66)

Ellen G. White diz que na proclamação das verdades do evangelho eterno a toda nação, tribo, língua e povo, a igreja de Deus na Terra está hoje cumprindo a antiga profecia de Isaías 27: 6, que diz: “Florecerá e brotará Israel, e encherão de fruto a face do mundo.” (67)

Ela também afirma que os seguidores de Jesus, em cooperação com inteligências celestiais, estão rapidamente ocupando os lugares solitários da Terra; e como resultado dos seus labores, uma abundante colheita de almas preciosas está em processo. Hoje, como nunca dantes, a disseminação da verdade bíblica por meio de uma igreja consagrada está levando aos filhos dos homens os benefícios prefigurados séculos antes na promessa a Abraão e a Israel – promessa para a igreja de Deus na terra em cada século: “Abençoar-te-ei... e tu serás uma benção.” Gên. 12:2. (68)

Portanto a igreja hoje, não só ocupa o lugar do Israel étnico, mas também, é o próprio Israel, só que, o espiritual.

Evangelizando um grupo especial.





Como vimos nos capítulo anteriores, Israel como nação perdeu os privilégios, mas apesar de o povo judeu ter desprezado os privilégios espirituais, eles não estavam como indivíduos, destinados à perdição.

Ellen G. White é bem clara em afirmar:

“Muito embora houvesse Israel rejeitado Seu Filho, Deus não os rejeitou.” (69)

Israel tinha tropeçado e caído, mas isto não tornara impossível para eles se levantarem outra vez. (70)

Deus tinha a intenção de revelar Sua graça entre os gentios bem como entre os israelitas. (71)

O apóstolo Paulo, apesar de ser considerado o apóstolo dos gentios, ele, já em seu tempo, se preocupava com a evangelização dos judeus.

Ellen G. White, em seus escritos inspirados, afirma que Paulo constantemente estava pedindo a Deus para operar em favor dos israelitas que haviam deixado de reconhecer a Jesus de Nazaré como o Messias prometido. (72)

Outra característica interessante no estilo missionário do apóstolo Paulo, era que ele, através da pregação do evangelho, libertava os judeus dos seus ritos cerimoniais, e admitia os gentios à igualdade de privilégios como os judeus, ou seja, os tornavam filhos espirituais de Abraão. (73)

Sobre este trabalho de Paulo, Ellen G. White comenta:

Assim mostra Paulo que Deus é abundante capaz de transformar o coração de judeus e gentios semelhantemente, e de conceder a cada crente em Cristo as bênçãos prometidas a Israel. (74)

Já Pedro conviveu, por algum tempo com um conceito errado a respeito da situação dos gentios e dos judeus, mas todo seu conceito mudou quando teve a visão do lenço. Esta visão tanto serviu para repreender a Pedro como para instruí-lo. Revelou-lhes o propósito divino – de que pela morte de Cristo os gentios deviam tornar-se co-herdeiros dos judeus nas bênçãos da salvação. Os gentios que aceitassem o evangelho deviam ser tidos no mesmo pé de igualdade com os discípulos judeus, sem a necessidade de observar o rito da circuncisão. (75)

Como podemos perceber, a igreja agora deve tomar a frente em evangelizar o povo judeu,. Sobre esse trabalho de evangelização Ellen G. White comenta:

Há entre os judeus muitos que serão convertidos e por meio de quem veremos a salvação de Deus sair como lâmpada ardente. Há judeus por toda parte, e a eles deve ser levada a luz da verdade presente. (76)

Ela diz mais:

Quando este evangelho for apresentado em sua plenitude aos judeus, muitos aceitarão a Cristo como o Messias. Entre os ministros cristãos há poucos que se sentem chamados a trabalhar pelo povo judeu; mas aos que tem sido passados por alto, bem como a todos os outros, deve chegar a mensagem de misericórdia e esperança em Cristo. (77)

Ellen G. White não só apela para que a igreja assuma esse trabalho em prol dos judeus, como também, apresenta um método eficaz para alcançá-los.

As faculdades adormecidas do povo judeu devem ser despertadas. As escrituras do Velho Testamento, misturadas com as do Novo, serão para eles como o alvorecer de uma nova criação, ou como a ressurreição da alma. Avivar-se-á a memória ao verem Cristo descrito nas páginas do Velho Testamento. Salvar-se-ão almas entre a nação judaica, ao serem as portas do Novo Testamento descerradas com a chave do Velho Testamento. Cristo será reconhecido como o Salvador do mundo, ao ver-se quão claramente o Novo Testamento explica o Velho. Muitos dos judeus hão de pela fé, aceitar a Cristo como seu Redentor. (78)

Na verdade, Ellen G. White, em seus escritos, promovia a pregação do evangelho entre os judeus:

Devemos desfazermos de nossa curta visão, e fazer planos mas amplos. Deve-se fazer um esforço de trabalho mais amplo por aqueles que estão perto e pelos que estão longe... Que se façam esforços especiais parar aproximarmo-nos dos judeus. Toda alma convertida causa gozo nas cortes celestiais. (79)


conclusão



Diante do nosso estudo, podemos concluir que, a maior necessidade dos dispensacionalistas fazerem distinção entre o Israel e a igreja consiste no fato que, para eles, as promessas de Deus para Abraão e sua descendência são tidas como incondicionais, então esta distinção entre Israel e a igreja é a melhor forma de possibilitar o cumprimento literal de profecias, que ainda não tiveram pleno cumprimento na nação, se cumprirem em um futuro, mas não tem apoio bíblico para tal teoria.

Portanto, quando Cristo estabeleceu a igreja, Ele não estabeleceu ao lado de Israel segundo assevera o dispensacionalismo, mas como o fiel remanescente de Israel que herda todas as promessas do concerto, incluindo a promessa da Nova Terra. A Igreja ocupa agora o lugar do Israel descrente “os ramos cortados”, sendo portanto dotada com todas as bênçãos e responsabilidades do concerto de Israel.

Através do Espírito de Profecia, e por confirmação das Escrituras Sagradas, vimos também que Deus havia se comprometido a fazer da nação de Israel uma grande nação, mas esse comprometimento de Deus estava baseado em promessas condicionais, uma vez que Israel não cumpriu o propósito de Deus na Terra, Deus então transfere as Suas promessas para a igreja, o Israel espiritual.

Portanto, a igreja hoje é a depositária dos oráculos de Deus na Terra, e sobre ela está também a responsabilidade de proclamar a vontade de Deus entre as nações, ela foi estabelecida para cumprir os Seus propósitos.



Referências Bibliográficas:

[1] O dispensacionalismo moderno faz parte da escola futurista. Tem como base o literalismo. O Futurismo moderno vê o estabelecimento do estado de Israel como uma realização direta de profecia. Os futuristas também vêem o reunificação de Jerusalém em 6 de junho de 1967, como um sinal direto de realização da profecia. Ver Gerhard F. Hasel, Pesquisa no site: http://www.ehistoricist.com/GFHasel/gfhcrossroads1.html no dia 1 de Outubro de 2001.

2 Marcos De Benedicto, “O Status de Israel”, Sinais dos Tempos, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira (Maio/Junho 2001), 20-23.

3 Ver Alberto Ronald Timm, Uma Análise Crítica da Escatologia de Hal Lindsey, Tese de Mestrado, Seminário Adventista Latino Americano de Teologia no Instituto Adventista de Ensino (1988), 18-23.

4 Ibidem, 25-28.

5 Ibidem, 56-57.

6 Ver em Russell Norman Champlin, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, 3 Ed. São Paulo, SP: Editora e Distribuidora Candeia (1995), 187.

7 Ibidem.

8 Ver site: http://www.ipcb.org.br/Publicacoes/o_dispensacionalismo.htm esta pesquisa foi feita na data 11/10/01. Leon J. Wood escreveu, o livro The Bible and Future Events (Zondervan, 1980), e fez a seguinte afirmação: "o sinal mais claro da volta de Jesus é o moderno Estado de Israel".

9 Ver em Timm, Uma Análise Crítica da Escatologia de Hal Lindsey, 1.

10 Outros nomes importantes no dispensacionalismo: Pierre Poiret (1646-1719); John Edwards (1639-1716); Isaac Watts (1646-1748); James H. Brookes (1830-1897); James M. Gray (1851-1935). Ver Champlin, Enciclopédia de Bíblia teologia e Filosofia, 187.

11 Ver em Timm, 8.

12 A teoria de Darby é citada em J. Dwight Pentecost, Manual de Escatologia, 1 Ed. São Paulo, SP: Editora Vida (1998), 147.

13 J. Dwight Pentecost, Manual de Escatologia, 117.

14 Ver Timm, 198.

15 J. Dwight Pentecost, 104.

16 J. Dwight Pentecost, 224.

17 Hans K. LaRondelle, “A Igreja e Israel”, Revista Ministério, Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira (Janeiro – Fevereiro de 1983), 21.

18 Hans K. LaRondelle, “A Igreja e Israel”, Revista Ministério, 19.

19 Ver mais detalhes em: Hans K. LaRondelle, “Compreendendo Israel na profecia”, Revista Ministério, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira (Novembro-Dezembro de1997), 19.

20 Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, 13 Ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira (1993), 314.

21 Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, 369.

22 Idem, Atos dos Apóstolos, 7 Ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira (1994), 14.

23 Idem, Profetas e Reis, 8 Ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira (1996), 17.

24 Ibidem, 19.

25 Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, 19 Ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira (1995), 106.

26 Idem, Profetas e Reis, 18.

27 Ibidem, 704.

28 Idem, O Desejado de Todas as Nações, 28.

29 J. Dwigtht Pentecost, Manual de Escatologia, 75.

30 J. Dwigtht Pentecost, Manual de Escatologia, 75.

31 Ibidem, 76.

32 Naor G. Conrado, “Princípios Básicos de Interpretação Profética”, Revista Ministério, Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira (Setembro–Outubro de 1964), 21.

33 Alberto Ronald Timm, “A Presciência Divina – Relativa ou Absoluta?” Revista Ministério, Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira (Novembro–Dezembro de 1984), 17.

34 Herbert E. Douglass, Mensageira do Senhor, 1 Ed, Tatuí, SP: Casa Publicadora brasileira (2001), 30.

35 Ellen G. White, Evangelismo, 2 Ed. Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira (1978), 695.

36 Idem, Mensagens Escolhidas, Vol. 1, 2 Ed. Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira (1985), 218.

37 Ellen G. White, Primeiros Escritos, 5 Ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira (1995), 213.

38 Idem, O Grande Conflito, 36 Ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira (1988), 21.

39 Idem, Primeiros Escritos, 209.

40 White, O Desejado de Todas as Nações, 586-587.

41 Em relação às setentas semanas de Daniel como ultimato para Israel ver detalhadamente em: Hans K. LaRondelle, The Israel of God in Prophecy, Berrien Springs, MI: Andrews University Press (1983), 170-185.

42 White, O Grande Conflito, 328.

43 Ibidem, 615.

44 Ellen G. White, Profetas e Reis, 19.

45 Idem, Atos dos Apóstolos, 14.

46 Idem, O Grande Conflito, 19.

47 Ver em Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p.14.

48 Ibidem, 78.

49 Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, 16.

50 Idem, Profetas e Reis, 713-714.

51 Ibidem, 74.

52 Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, 18-19.

53 Idem, O Grande Conflito, 22.

54 Ellen G. White, Profetas e Reis, 712.

55 Hans K. LaRondelle, “Compreendendo Israel na profecia”, Revista Ministério, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira (Novembro –Dezembro de 1997), 19.

56 Idem, “A Igreja e Israel Em Romanos 9 –11”, Revista Ministério, Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira (Janeiro – Fevereiro de 1984), 17-19.

57 White, O Desejado do Todas as Nações, 466-467.

58 Ver LaRondelle, “Compreendendo Israel na profecia”, Revista Ministério, 21.

59 Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, 378.

60 Ibidem, 376.

61 Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, 9.

62 Ibidem, 12.

63 Idem, Testemunhos Para Ministros, 3 Ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira (1993), 18.

64 Ibidem.

65 Ibidem, 16.

66 LaRondelle, “Compreendendo Israel na profecia”, Revista Ministério, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira (Novembro-Dezembro de 1997), 17.

67 Ver em Ellen G. White, Profetas e Reis, 703.

68 Ibidem.

69 Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, 375.

70 Ibidem, 375.

71 Ibidem, 376.

72 Ibidem, 374.

73 Ver em Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, 390.

74 Ibidem, 379.

75 Ibidem, 135, 136.

76 Idem, Evangelismo, 578.

77 White, Obreiros Evangélicos, 5 Ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira (1993), 398.

78 Idem, Evangelismo, 578-579.

79 Idem, pesquisa no site: http://centrowhite.uapar.edu/archivos/obrajudios.htm no dia 14 de Novembro de 2001. Esta citação foi extraída do Manuscrito 87, 1907.

1 comentários:

Unknown disse...

A escritura diz outra coisa , Jeremias 31 , " 35 Assim diz o Senhor, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o Senhor dos Exércitos é o seu nome.

36 Se falharem estas ordenanças de diante de mim, diz o Senhor, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre.

37 Assim disse o Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o Senhor. " Além de Romanos 11 " 11 Pergunto então: Terá Deus rejeitado o seu povo? Nada disso. Lembrem­se de que eu próprio sou israelita, descendente de Abraão e membro da família de Benjamim. 2/4 Não, Deus não rejeitou o seu próprio povo, que ele escolheu logo desde o princípio. Lembram­se certamente daquela passagem em que o profeta Elias se estava a queixar a Deus contra os israelitas: “Senhor, mataram os teus profetas, e derrubaram os teus altares. Só eu fiquei, e ainda procuram matar­me.” Lembram­se do que Deus lhe replicou então? “Tenho ainda sete mil outros que não se inclinaram para adorar Baal.” Romanos 9 " Digo a verdade em Cristo, não minto, dando testemunho comigo a minha consciência no Espírito Santo, 2que tenho grande tristeza e incessante dor no meu coração. 3Porque eu mesmo desejaria ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne; 4os quais são israelitas, de quem é a adoção, e a glória, e os pactos, e a promulgação da lei, e o culto, e as promessas; 5de quem são os patriarcas; e de quem descende o Cristo segundo a carne, o qual é sobre todas as coisas, Deus bendito eternamente. Amém